
"Falar é fazer – esse é o lema deste livro que leva o leitor a se aventurar pelo mundo sempre surpreendente das palavras. É com as palavras que podemos dar nome às coisas que não existem, é de palavras que são feitos os nossos pensamentos, os nossos delírios, os nossos medos, as nossas vontades.
Com elas podemos imaginar outros modos de ser, outras coisas para ver, outros tempos e outros universos para viver, construídos só de linguagem, matéria-prima dos nossos sonhos (...)
Os reflexos que surgem neste espelho dos nomes são as perguntas que as pessoas vêm fazendo desde que, em algum momento perdido no tempo, começaram a falar: de onde vêm as palavras? Elas descrevem o mundo ou elas inventam mundos? Será que todas as coisas têm nome? Será que todos os nomes se referem a alguma coisa? Por que as pessoas falam de modos tão diferentes, se a espécie humana é uma só? Quem disse que eu não posso escrever do jeito que falo? Por que nenhum dicionário jamais vai conseguir explicar tudo o que uma única palavra pode querer dizer?(...)
O espelho dos nomes, de Marcos Bagno,Editora Ática.
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