Saudades

Volta e meia me pego lendo os poemas do saudoso amigo, Elias José. Dia desses, dentro de um dos seus livros encontrei um papel com um poema enviado por Ele e por Silvinha, sua mulher.
E veio a vontade de sentar à mesa com eles, como sempre faziamos quando vinham à Caxias. Nosso lugar preferido para jantar era o Alvorada, com o galeto "Al primo canto", salada de radicci com bacon, maionese, espaguetti e, claro, vinho tinto.
Nossos encontros eram marcados por uma generosa dose de alimento para o corpo e para o espírito.
Quanta saudade!

Amiga,
se você estivesse aqui pertinho,
nós a convidaríamos para nossa casa.
Beberíamos um bom vinho,
acompanhado de um queijinho.

Ou se preferisse, uma loira gelada.
Se quisesse, poderia ser uma cachacinha
com o torresmo, o pão de queijo
e dezenas de deliciosas gulodices mineiras.

Bobagem fazer regime nestes dias festivos...

Essencial: trocaríamos muitos abraços,
para que a esperança brilhe nos olhos
e a poesia e a beleza se renovem.

Como precisamos dos sonhos
nestas datas especiais e sempre!

Mas você vai estar distante...
o melhor é que as flores,muitas flores
e uma eterna e terna valsa falem por nós.

Mil abraços dos amigos de sempre
Silvinha e Elias José. 21 de dezembro de 2006.